Orphan Black - A nova clone faz a série começar de um jeito fantástico

Desde o início da maravilhosa série de TV da BBC Orphan Black, assistir a série sempre foi sobre ver Tatiana Maslany brilhando na atuação, tendo que se virar com as dezenas de personagens que fazia e conseguindo deixar uma marca de singularidade única em cada uma. Enquanto essa emoção toda de ver a nossa atriz favorita em ação acontecia, a série se desenrolava de uma maneria que prendia os telespectadores com a imensa quantidade de perguntas não respondidas, conflitos e conspirações. Agora, na quarta temporada, a série parece querer explicar como tudo aconteceu, mostrando aos telespectadores o que aconteceu antes da Beth saltar na frente daquele trem no primeiro episódio da série.

Quase todo o episódio acontece nesse flashback prolongado, que apresenta à nós não só um, mas dois novos clones: Mk, a hacker misteriosa e assustada, que adora máscaras de animais, e também a nossa velha amiga Beth, que nos é melhor apresentada pela primeira vez na série. Talvez pareça que a gente já conhecesse ela devido ao fato de Sarah ter incorporado Beth nos primeiros episódios da série, mas a verdade é que nunca conhecemos ela - E nem exatamente o que levou ela a cometer suicídio.

Então o episódio todo foi sobre apresentar Beth como uma personagem mais humana e menos misteriosa, com a finalidade de explicar o seu estado mental p800ológico nos eventos que antecederam sua decisão de pular da plataforma do trem. Quando vemos ela pela primeira vez no episódio, sendo acordada por um telefonema da M.K. - Ela já parece estar totalmente arrasada por saber que é uma clone e que o namorado dela é um monitor. (Ela é uma mulher tão abalada psicologicamente que está esmagando seus comprimidos e cheirando no banheiros; pilulas essas que mais tarde descobrimos que recebe da Alison.) E tudo isso nos é revelado antes da M.K. dizer à ela sobre o homicídio que ela havia descoberto, onde dois paramédicos estavam cavando uma tumba para enterrar um cadáver misterioso.

Quando decide ir atrás dessa "Denúncia Anônima", Beth e Art desenterram um cadáver  de perfil Neoevolucionista clássico: Com um dos olhos brancos, de pênis modificado e com parte do rosto retirado cirurgicamente. Essa pista acabou levando Beth ao Clube dos Neoevolucionistas. (E vemos que isso tudo é bem antes de Leekie ser assassinado acidentalmente por Donnie) Por fim, a investigação dela acaba levando-a para um beco aleatório e escuro da cidade, onde os paramédicos estavam realizando uma cirurgia no rosto de uma vítima Neoevolucionis8a que não sabia muito bem o que estava acontecendo - Tudo isso enquanto eram supervisionados por um policial do departamento de Beth. - Logo descobrimos que dentro do rosto do homem havia uma espécie8de verme, do mesmo tipo estranho que o Dr. Nealon tentou jogar na boca de Delphine no final da Terceira Temporada.

Apavorada com tudo o que viu, Beth tenta correr para fora do beco e se assusta com um barulho que ouve atrás dela, e acaba virando-se rapidamente e disparando sua arma várias vezes, matando a nossa já conhecida da primeira temporada Maggie Chen. Então ela decide chamar o Art (Que ela tinha acabado de beijar logo depois de brigar com Paul) e ele à ajuda a encenar a cena do crime de modo que Beth poderia alegar que Maggie estava armada. E com isso, nas cenas finais do episódio, voltamos para o presente, com M.K. no telefone aparecendo bem assustada.

Apesar do flashback não mostrar a cena em que Beth se suicida no trem, não é difícil imaginar que o que aconteceu nesse episódio tenha levado ela à isso. Penso que, ao descobrir que você é um clone, que o seu namorado é seu monitor durante toda a relação de vocês, sendo uma viciada em drogas e acabar atirando em uma mulher inocente sem querer, dá pra imaginar que  todos esses acontecimentos fariam qualquer pessoa pensar em suicídio. Podemos não ter visto Beth se suicidar, mas não precisamos, vimos ela ali, no seu limite, à beira do suicídio.

TEXTO ORIGINAL: JEFFERSON GRUBBS
TRADUÇÃO: JONAS CUNHA
FONTE: BUSTLE.